Literatura

Quando a princesa não quer ser salva

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Pobre do cavaleiro que, com espada e confiança em riste,
depara-se com uma princesa dessas.

Do alto da torre, ela observa pela janela. Não pede ajuda ou salvação. Está onde quer e onde merece, longe de qualquer confusão. Não tem medo de bruxa e, o dragão, já domesticou. Quem é bela não precisa de espada, tem a seu serviço a sedução. E o cavaleiro, meio sem graça, se sente um tanto sem função.

“Maçã envenenada?”
Que nada! Só come alimentos orgânicos.

“Roca de fiar?”
Nem pensar! Só compra roupas de grife.

“Tranças longas?”
Chongas! Passou máquina zero.

Lamento, jovem cavaleiro, mas a donzela não é mais aquela.
O conto de fadas está fadado e o príncipe…
fodido.

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